terça-feira, 25 de abril de 2017
SEGUNDO DOMINGO DA PÁSCOA
Sl 148; At 5.29-42; 1Pe 1.3-9; Jo 20.19-31
Tema: Tomé – o homem para o qual Jesus voltou.
Amados irmãos em Cristo. “Os discípulos com medo dos judeus, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco!”. “Passados oito dias, estavam outra vez ali reunidos os seus discípulos, e Tomé, com eles Ao cair da tarde daquele dia, o primeiro da semana, trancadas as portas da casa onde estavam. Estando as portas trancadas, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco!”. Jo 20.19 e 26.
Há muitas histórias no cinema e na vida real que nos relatam a volta de heróis ou pessoas comuns por causa de uma pessoa que ficou para trás, que se perdeu. Esses dias atrás assistimos um filme que mostrava a história de um resgate a montanhistas que haviam sido surpreendidos por uma avalanche.
O Evangelho de João nos apresenta a história de um dos 12 discípulos de Jesus: Tomé. Jesus volta por causa deste discípulo. Jesus vai ao encontro para ajudar um dos discípulos e lhe trazer a certeza ao coração.
Nos dias atuais, quem realmente volta para ajudar? Quem anuncia a paz? Certamente que não é o mundo. O mundo pensa em propina, em satisfazer as necessidades pessoais. O mundo pensa em si e não no próximo. É o que vivemos em nosso contexto de país.
Mesmo sendo considerado um dos países mais religiosos do mundo, o Brasil está totalmente corrompido. Por quê? Não se está vivendo aquilo que a palavra ensina. Quantos estão voltando para ajudar aquele que está precisando?
Nós estamos sempre dispostos e pré-dispostos e exercermos julgamentos. Um detalhe nos leva a sermos julgados ou a julgarmos. E não é diferente com Tomé. Mas realmente conhecemos Tomé?
Mas, convido vocês a olharam e entenderem quem é Tomé.
Vamos ler João 11.6-16 – Tomé tinha um relacionamento muito forte com Jesus, ao ponto de dizer que preferia morrer a viver sem Jesus. Jesus e os discípulos quase foram apedrejados na Judéia e agora voltar para lá novamente? Mesmo assim, Tomé diz que quer acompanhar Jesus, mesmo que fosse para morrer.
O texto de João 20 nos aponta para Tomé e mostra a forma como lidamos com as dificuldades. Tomé reage como nós reagimos diante de um conflito. Tomé reage como nós estamos reagindo diante das mais diversas situações. Isolamento.
Tomé se isola, não quer falar com ninguém, não quer ver ninguém, simplesmente quer permanecer só. Ele acabara de perder o seu mestre. Nós por pouco largamos tudo, agora imagine Tomé, que perdeu seu mestre.
Quando você perde uma pessoa querida, o que você quer fazer? Ficar só. Quer derramar suas lágrimas.
Ele perdeu o melhor que tinha o mestre, aquele que sustentava a sua vida. Naquele momento a vida dele terminou não só a de Tomé, mas a dos discípulos, das mulheres, todos estavam na mesma situação.
Os demais discípulos, ainda no mesmo dia da ressurreição estavam reunidos quando Jesus apareceu a eles. A paz... foram as palavras de Jesus.
Os discípulos contam para Tomé.
Tomé está só - volta para a comunhão com os discípulos. Ele volta para seus irmãos. Os irmãos não são culpados pela dor. A igreja não é culpada pelos meus conflitos.
É neste momento que vem as palavras de Tomé.... só acredito vendo... se não tocar... Tomé é cético. Tomé poderia ter ficado calado. Tomé, porém, expõe sua situação.
Depois de uma semana Jesus volta, e tem um objetivo. Jesus volta para resolver um conflito. Jesus volta para Tomé.
Eu, você e Tomé somos iguais. Nos decepcionamos, entristecemos, temos conflitos, não ficamos calados - falamos, as vezes permitimos que os problemas e dificuldades nos afastem da comunhão e nos isolamos. Permitimos que nossos problemas deturpem nossa vida.
Somos bem Tomé.
Quanto mais convivemos com uma pessoa, tanto mais vamos conhecer os problemas da pessoa. É assim no casamento. É assim no trabalho. É assim na igreja. Pergunto: Existe diferença entre casamento, trabalho e igreja? Para nós cristãos não deveria existir, pois a pessoa que sou na igreja, devo ser no casamento e no trabalho. Cristão.
Jesus, porém volta para Tomé. Jesus volta e vem até nós. Nós somos tão problemáticos quanto Tomé, Pedro, André e Tiago. Somos tão carentes quanto Tomé foi. Somos tão cheio de conflitos quanto Tomé teve. Mas Jesus voltou para ele. Mostrou o lado, as mãos.
Irmão, não duvide que Jesus vem até você. Não duvide que Jesus está presente em tua vida. Naquele momento, a presença de Jesus é como a presença do pastor que deixa as 99 ovelhas e vai buscar a que se perdeu. Tomé, mesmo sendo repreendido, o que nós também precisamos ser, ainda assim, era Jesus vivo diante dele.
Como igreja, não duvide do que está sendo feito. É obra de Deus, ação do Espírito Santo. Como igreja, não permita que as dúvidas, incertezas, decepções sejam mais importantes do que aquele que volta sempre para lhe trazer a paz.
Um ombro vale mais do que estas pedras, esta construção. Alegrai-vos com os que se alegram, chorai com os que choram.
Jesus depois de uma semana voltou para ver Tomé e anunciar-lhe a paz. Jesus volta até nós, e semanalmente vem até nós oferecendo o seu corpo e sangue, para tirar as nossas dúvidas, incertezas, tristezas.
Durante a semana somos atingidos por avalanches deste mundo, mas possam ter certeza que Jesus sempre volta para nos socorrer. Amém.
Valdecir Jair Much
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