sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Reavives o dom de Deus que há em ti

DÉCIMO NONO DOMINGO APÓS PENTECOSTES 2Tm 1.3-14 Tema: Reavives o dom de Deus que há em ti Todos nós temos plantas em casa, seja uma pequena flor num vaso, seja um grande jardim. E já deve ter acontecido que uma planta, por causa do nosso esquecimento, afazeres, ficou uns dias sem água e estava toda murcha, quase sem vida. Agora, quando jogamos água nesta planta, em alguns minutos ela novamente ressurge, revigora, revive, ficando com a aparência de uma planta nova. No texto de Timóteo, nós temos o apóstolo Paulo chamando Timóteo para um re-avivamento do Dom de Deus que há nele. Diante das dificuldades no trabalho do pastor Timóteo, ele começou a sentir-se desestimulado a continuar nesta tão difícil tarefa que era pregar o evangelho num tempo de tantos problemas, perseguições, prisões e dificuldades. Estava como uma planta murcha e Paulo joga água para que ela ficasse novamente viva e forte. O seu próprio amigo e “mestre”, Paulo, estava preso. Timóteo estava desanimado diante de todas as dificuldades e desafios da vida. Por isso o apóstolo Paulo escreve e diz: “Por esta razão, pois, te admoesto que reavives o dom de Deus que há em ti...”. Reavives o dom de Deus que há em ti. A palavra de Deus nos diz: “Ele não é Deus de mortos, e sim de vivos”. Mt 22.32. Deus não é um Deus de mortos e sim de vivos. Muitos caminham como mortos em sua vida de fé diante de Deus. É uma falta de vontade, de ânimo, de querer fazer algo para o reino de Deus, igreja. Estamos vivendo um período de terceirização. Hoje se terceiriza tudo e se continuar assim, até a igreja daqui a alguns anos será terceirizada. Tudo isso acontece porque falta vontade, amor, falta reavivar o dom que Deus colocou na vida de cada um, a fé. É tudo uma questão de fé. Muitos caminham como mortos em sua vida de fé. Claro, que nós facilmente morremos para Deus e para a fé. Nos afastamos de Deus, desanimamos, cansamos, nos tornamos como diz o profeta Ezequiel: “Ossos secos”, sem vida. O pecado e o diabo querem esfriar a nossa fé, para que não tenhamos vontade, e assim vivermos uma fé de “fingimento”. Em cada um de nós foi implantado um dom. Somos batizados, recebemos o Espírito Santo, somos filhos de Deus e herdeiros da vida eterna e, temos o dom da fé. Porém, nota-se dentro de nossas igrejas que o dom da fé está fraco. É como uma chama que está morrendo, porque não está sendo alimentada suficientemente. Por isso que se cai no desânimo, cansaço. Timóteo acaba caindo nisso. O Dom que ele havia recebido estava morrendo. Timóteo estava se tornando covarde. Tinha vergonha de Deus. Ele se esqueceu da fé que aprendeu de sua avó Lóide e de sua mãe Eunice. Se esqueceu de manter “o padrão das sãs palavras”. O dom da fé é manifestado pelas obras da fé. É assim que se percebe que o dom de Deus que há em nós precisa ser reavivado. Este dom nós temos desde cedo em nossa vida. “Pela recordação que guardo de tua fé sem fingimento, a mesma que, primeiramente, habitou em tua avó Lóide e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também, em ti”. 2Tm 1.5. Timóteo tinha a fé reavivada pelos testemunhos da avó e mãe. Nós temos nossa fé reavivada também pelos testemunhos de nossos familiares. Compartilhar experiências de fé. A fé de Timóteo era “sem fingimento”, uma fé sincera, mas que estava enfraquecendo diante das dificuldades e problemas da vida. Era uma fé “covarde” e “envergonhada”. Olhando para a nossa vida, nós vamos ver que nossa fé é covarde e envergonhada também. Nós nos envergonhamos muitas vezes de dizer que somos cristãos. Somos covardes para chegar e testemunhar nossa fé. Porque isso acontece? Falta reavivar a fé. A palavra nos alerta: “Não te faças negligente para com o dom que há em ti...”. 1Tm 4.14. Jonas foi negligente, queria fugir de Deus, foi jogado para fora do barco, engolido por um grande peixe, vomitado na praia e depois de tudo isso então foi até Nínive pregar a palavra. Não sejamos negligentes, querendo fugir de Deus, vivendo uma vida de fé fingida. Deus pode nos dar lições muito grandes para voltarmos ao caminho verdadeiro para reavivarmos a nossa fé. “Porque Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação”. 2Tm 1.7. Deus não nos dá covardia, negligência, fingimento, vergonha. Deus nos dá poder, amor e moderação. Assim nós podemos ver que é Deus quem nos reaviva a dom que ele coloca em nós. Ele quem nos dá poder. Que poder é este que Deus nos dá para reavivemos? Os apóstolos João e Pedro estavam sendo interrogados. Diz o texto: “Ao verem a intrepidez de Pedro e João, sabendo que eram homens iletrados e incultos, admiraram-se; e reconheceram que haviam eles estado com Jesus”. At 4.13. Deus reaviva os discípulos depois da morte de Jesus e eles testemunham a sua fé com o poder que Deus concedeu para eles. Nós duvidamos desse poder de Deus muitas vezes, mas é esse poder de Deus que nos reaviva para testemunharmos, independentemente do nosso grau de instrução. Ah, não sei ler, tenho medo de falar. Reavive o dom da fé. “Deus não nos tem dado espírito de covardia”. 2Tm 1.7. “Não te envergonhes, portanto, do testemunho de nosso Senhor...”. 2Tm 1.8. Deus quer reavivar você. Quantas vezes estamos como plantas sem água, murchas, sem vida, como ossos secos. Quantas vezes queremos fugir de Deus, escondendo nossa fé, fingindo uma fé. Deus jamais nos quer deixar assim. Ele nos reaviva primeiramente com o seu poder salvador. “segundo o poder de Deus que nos salvou”. Primeiramente para sermos reavivados precisamos estar cientes e certos de que temos a salvação, que nós estamos vivos diante de Deus. Isso se manifesta a nós em Jesus Cristo: “o qual não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade”. Se nós temos vida é por Jesus. Se precisamos reavivar isto em nós, este dom, é começando com Jesus, olhando para a sua morte, porque isso nos dá nova vida, reavivando aquilo que estava morto. Está se trilhando um caminho muito perigoso, que é o caminho da fé de fingimento, de covardia, de envergonhado. Como igreja temos o desafio de reavivarmos a nossa fé. Uma fé viva é como a de Paulo, que mesmo preso anima Timóteo. Uma fé viva é aquela testemunhada pela Igreja ao mundo. Os discípulos estavam trancados como que mortos em sua fé diante do acontecido, a morte de Jesus. Mas eles têm a sua fé revigorada, renovada, revivida quando Jesus aparece a eles. Conosco não é diferente. Para termos nossa fé viva, reavivada, precisamos de Jesus constantemente aparecendo a nós, ou seja, pela palavra de Deus nós temos Jesus aparecendo e nos fortalecendo. Nós estamos vivos, temos vida, temos fé. Reavivemos o dom de Deus que há em nós, fortalecendo a nossa fé constantemente, não nos envergonhando, mas nos fortalecendo na morte de Jesus por nós e na sua ressurreição, que nos trouxe a luz da vida e a imortalidade. Amém. Valdecir Jair Much – Joinville, 28 de setembro de 13.

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