terça-feira, 6 de agosto de 2013
BUSCAR E PENSAR NAS COISAS DO CÉU
Prezados amigos, segue uma reflexão sobre a importância de colocar as coisas do alto, PALAVRA, SACRAMENTOS (BATISMO, CEIA), FÉ, COMUNHÃO, AMOR AO PRÓXIMO, em primeiro lugar em nossa vida. Diante de um mundo consumista, que nos leva a buscar muitos objetivos, a Palavra nos mostra um caminho sobremodo excelente, o caminho da fé.... segue a reflexão.
Cl 3.1-11
Lc 12.13-21
Tema: Buscar e pensar nas coisas do céu traz uma nova vida
“Portanto, ponham o seu interesse nas coisas que são do céu, onde Cristo está sentado ao lado direito de Deus. Pensem nas coisas lá do alto e não nas que são aqui da terra”. Cl 3.1-2.
Cada um de nós tem objetivos que busca alcançar. Quando bebês: receber alimentação, conforto (fralda seca e limpa). Quando crianças: comer as coisas que gosta, brincar, ir à escola. Quando adolescentes: se divertir, namorar. Quando jovens: obter profissão e emprego, casar. Quando adultos: ter família estável, realizar-se na profissão, ganhar dinheiro, adquirir casa e bens, encaminhar os filhos ao futuro. Quando na terceira idade: usufruir a aposentadoria, viajar, curtir os netos...
Isso traz satisfação e realização? Por certo tempo e em parte, sim. Mas é passageiro. O texto nos propõe objetivo de vida mais nobre e duradouro: Colocar o interesse nas coisas que são do céu. E para que isso aconteça, é preciso estar ligado a Cristo.
Hoje em dia os objetivos na vida são muitos. Já destacamos alguns deles em toda a nossa vida. Porém, muitas coisas nós buscamos hoje. Uma das principais buscas que nós fazemos é ter sucesso. Ser bem sucedido é a grande busca na vida das pessoas. Liderança, casamento, trabalho...
Todos nós queremos ser bem sucedidos. Por outro lado vemos que nessa desenfreada busca pelo sucesso, as pessoas estão deixando de colocar o seu interesse nas coisas do céu. Dessa forma constatamos outro problema.
Os nossos pensamentos estão muito ocupados com muitas coisas que nos cercam. Quanto tempo gastamos pensando em problemas com o emprego, família, escola, etc... comparado com o tempo que investimos nas coisas do alto, em nosso interesse pelas coisas do céu! Como está essa balança.
O texto do evangelho apresenta uma parábola, que mostra como é nossa vida. Um homem está preocupado. Onde vou guardar a minha colheita? Onde vou depositar os meus bens materiais. Constrói novos celeiros, e então diz para si mesmo: “Homem feliz! você tem tudo de bom que precisa para muitos anos. Agora descanse, coma, beba e alegre-se!”. Lc 12.19. Os interesses desse homem estavam todos voltados ao que tinha, e não estava preocupado com a vida verdadeira. “Seu tolo! Diz Jesus: essa noite você vai morrer, aí quem ficará com tudo o que você guardou?”. Lc 12.20. E a alma, e a salvação!
Ou senão, somos como o homem que pede para Jesus: “Mestre, mande meu irmão repartir comigo a herança que o nosso pai nos deixou”. Quantas vezes nós pedimos em nossas orações a Deus algo parecido com isso que o homem pediu. Pedimos que Jesus julgue a nosso favor sobre algo que irá nos tornar materialista, egoísta. Por isso, Jesus é duro na resposta e diz: “...quem me deu o direito de julgar ou repartir propriedade....”. como nós pensamos nas coisas do mundo, ao ponto de querermos que Jesus julgue as coisas do mundo ao nosso favor para que algo me torne mais mundano, material, egoísta.
Deus nos dá bênçãos, e disso não duvidamos, mas essas bênçãos precisam ser administradas e cuidadas, não em benefício egoísta, mas em prol de todos. O homem da parábola que Jesus conta pensava que com seus bens teria vida verdadeira. É o que Jesus diz ao jovem rico. Você cumpre os mandamentos da segunda tábua, não mata, não rouba...mas quando Jesus pede para que ele venda os bens e dê aos pobres, ou seja, confie em Deus acima de tudo, então ele vai embora triste, pois, as coisas do mundo falaram mais alto do que o amor a Deus.
Nossos pensamentos estão centrados em muitas coisas. Quantas horas de sono muitos não estão perdendo caídos em pensamentos direcionados aos problemas da vida? Mas, e em relação às coisas que envolvem o Reino de Deus, os “interesses nas coisas do céu”. Eu realmente uso a camisa, me dedico da melhor maneira a Deus?
Por isso, é fundamental na nossa vida pensarmos e buscarmos as coisas que são do céu. “Portanto, ponham o seu interesse nas coisas que são do céu, onde Cristo está sentado ao lado direito de Deus. Pensem nas coisas lá do alto e não nas que são aqui da terra”. Cl 3.1-2. O que são essas coisas do alto? Como viver tendo como interesse principal as coisas que são do céu?
A resposta está em algo que acontece em nossa vida. “Porque vocês já morreram, e a vida de vocês está escondida com Cristo, que está unido com Deus. Cristo é a verdadeira vida de vocês...”. Cl 3.3-4.
Nós somos e pertencemos a Cristo. “a vida de vocês está escondida com Cristo” – a vida do cristão seja aqui no mundo e para a eternidade depende totalmente de Jesus. Nós dependemos totalmente daquilo que Jesus fez por nós. Estar ligado a Jesus é o grande fundamento. Estar ligado a Jesus é olhar sempre para o Batismo e o seu valor em nossa vida. Nós somos de Cristo, e não do mundo. Estamos no mundo, vivemos nesse mundo, mas somos de Jesus. “Para que eu lhe pertença e viva submisso a ele em seu reino” (2º Artigo do Credo Apostólico).
Somos de Jesus: “vocês já morreram...”, ou seja, afogada a velha natureza pecadora, que produz frutos mundanos como os maus desejos e a cobiça. Isso acontece pelo batismo.
Versículo 1 diz que “vocês foram ressuscitados com Cristo”. Uma nova vida, uma vida que faz com que olhemos para as coisas do alto.
“Cristo é a verdadeira vida de vocês” – quando essas palavras penetram o nosso coração, vamos certamente entender e compreender o que é mais importante em nossa vida. O interesse é outro, ou seja, é Jesus, as coisas do céu, onde Cristo está sentado a direita do Pai.
Por isso nós fomos despidos das coisas velhas, despidos dos pecados e vestidos por Jesus Cristo e seu manto. Assim, nós temos um novo objetivo de vida: interesse e pensar nas coisas do alto.
O que são as coisas lá do alto? São: - Cristo, o Salvador; - o Evangelho e os sacramentos que apontam o objetivo verdadeiro; - a fé na graça de Cristo, fé esta que o Espírito Santo conserva e fortalece pelo Evangelho e pela santa ceia; - a esperança que Cristo virá para nos ressuscitar, nos mostrar e dar a sua glória (1Jo 3.2); - a vida eterna no céu, onde Cristo vive e governa com poder e amor. O céu é o ponto de chegada. Para lá o objetivo aponta.
“Cristo é a verdadeira vida de vocês” (v. 4). As coisas aqui da terra são passageiras e, muitas vezes, enganosas, traiçoeiras e ilusórias. No fim, levam ao nada. A satisfação e realização verdadeiras se encontram em Cristo.
1. O que nos atrapalha colocar o nosso objetivo nas coisas do céu? Mt 16.25-26;
2. Como podemos vencer os empecilhos? Mt 6.33.
Perseguir objetivos imediatos como estudar, casar-se, obter profissão, adquirir casa própria, etc. tem o seu lugar e necessidade e não são errados em si; trazem satisfação e realização. Porém, não se pode perder de vista o objetivo maior e último: a vida eterna no céu. Por isso, precisamos sempre em nossa vida focar, o que é mais importante? Cristo é a verdadeira vida. No fim da caminhada da vida, é isso o que realmente conta.
Deus não vai pedir para nós quantas casas temos, quantos bens possuímos, ele vai pedir o bem maior que é a fé no Salvador. Por isso, busquemos e pensemos nas coisas do alto.
Preocupações sempre vamos ter, problemas para resolver também, mas estes jamais devem ocupar o primeiro lugar em nossa vida. Pensemos em Deus, busquemos a Deus.
Deus pensa em nós – é só olharmos para o seu amor por nós. Deus nos busca – Deus nos tira das situações mais difíceis para nos trazer para junto de si. Amém.
Valdecir Jair Much – Joinville, 04 de agosto de 2013.
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