QUINTO DOMINGO DA PÁSCOA
Sl 148
At 11.1-18
Ap 21.1-7
Jo 13.31-35
Tema: Amor, um mandamento sempre novo.
Vivemos numa era de novidades. Podemos concluir que a cada dia surge alguma coisa nova. Às vezes dizemos ou ouvimos dizer: isso eu nunca tinha visto. Na medicina, na tecnologia, somos rodeados por novidades todos os dias.
Novos programas, novas técnicas, novas melodias, novas maquinas, novos modelos de carros, novas casas, etc... Estamos rodeados por novidades.
O mundo está cheio de novidades. No âmbito religioso, novidades têm das mais diversas, sendo colocadas. Novidades geralmente com tons materialistas, prosperidade e coisas do tipo. Quer se fazer da igreja um lugar mais contemporâneo. Geralmente quando falamos em novidade vejo que as coisas na igreja se centralizam em músicas mais atuais e sem conteúdo e liturgias alternativas em nossos cultos. Mas será que isso é novidade?
Jesus pelo texto do evangelho e pelo texto de Atos dos Apóstolos nos ensina uma novidade que precisa sempre ser levantada em nossas igrejas: amor ao próximo. Amar ao próximo é sempre uma novidade, pois cada caso será único de demonstrarmos nosso amor.
Na verdade, a novidade que a igreja precisa pregar nesses dias de frieza e individualismo, de falta de amor, é o que Jesus coloca no texto de hoje. O novo mandamento, que vos ameis uns aos outros assim como eu vos amei. Essa é a novidade.
Porque amar é um mandamento sempre novo em nossa vida? Porque nós facilmente deixamos de amar – gostamos de julgar, especialmente quando o assunto é igreja, família, onde envolvem mais pessoas. Estamos sempre aptos a ver defeitos e falhas e esquecemos de amar verdadeiramente. – Esquecemos da máxima: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”.
É também visto nos dias atuais, e, isso nos atinge, aquilo que Jesus mesmo diz no evangelho de Mateus: “E, por se multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase todos”. Mt 24.12. Onde uma dentista é queimada porque os assaltantes não encontraram dinheiro suficiente. Onde pessoas são mortas por motivos banais. Vemos tantas situações acontecendo, cruzamos os braços e não fazemos nada. Nós amamos em grande parte das vezes quando é vantajoso para nós, quando ganhamos alguma coisa com isso.
Desta forma vemos que o amor verdadeiro revelado por Jesus é sempre novidade necessária para nós e para o mundo.
Jesus está com seus discípulos reunido no cenáculo, onde havia acabado de lavar os pés dos discípulos, e indicado o Traidor, Judas, traz uma novidade para os discípulos.
Neste momento Jesus diz aos seus discípulos: “Filhinhos... para onde eu vou, vós não podeis ir”. Jo 13.33. Em tom de despedida, Jesus afirma que os discípulos ficariam sós, mas não abandonados e então ensina o novo: “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros”. Jo 13.34.
Assim como eu vos amei... Aqui nós temos um diferencial. O nosso amor é guiado pelo amor de Cristo por nós. É possível que os discípulos, como aconteceu várias vezes, só tenham entendido o que Jesus quis dizer no outro dia, na sexta, quando Ele foi pendurado na cruz por amor.
O amor agora vem com o selo do sangue, da dor, da cruz. O novo amor, ou o novo mandamento de amar o outro, significa muito mais do que uma simples prática ritual, habitual, conveniência... significa sim, amar com verdade, com ações concretas, sem hipocrisia, sem fingimento, sem restrições...
Isso é algo novo, que ainda não havia sido ensinado. Moisés já disse: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Lv 19.18. Jesus agora diz: “amem como eu vos amei...”.
Claro que novidades sempre geram certas desconfianças por nossa parte. Tomo como exemplo o texto de Atos dos apóstolos. Especialmente quando as novidades falam de um amor verdadeiro em relação ao próximo.
Pedro quando chega a Jerusalém, logo é interrogado pelos “cristãos”: “Entraste na casa de homens incircuncisos e comeste com eles” At 11.3. Pedro havia sido orientado por Deus por meio de uma visão de que a palavra fosse pregada não somente aos judeus, mas também aos gentios. Pedro então acompanhou alguns homens da Cesaréia e entrou na casa deles.
A forma como Deus revela o seu amor aos gentios, para que Pedro os acompanhasse, entrasse nas suas casas, pregasse a palavra, Deus derrama o Espírito Santo, esse amor aos não judeus, aos gentios, que é descrito no texto bíblico, essa novidade acaba gerando desconfiança. Você entrou na casa de gentios?
A forma de Jesus amar causou exatamente as mesmas reações. “Ele é beberrão e come com os gentios”, “vai à casa de pecadores, encosta em pecadores”, etc....
Amar como Jesus amou, vai sempre envolver atitude. Quando se chama as pessoas a amar o próximo como Jesus amou, a ação, essa novidade geralmente muitos não querem, pois é melhor ficar acomodado. Do jeito que está – tá bom!!! Individualismo, egoísmo.... Será que o amor não é uma novidade necessária em nossa igreja? Em tua vida?
“Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros”. Amar como Jesus é fazer diferente. Amar como Jesus é repudiar o individualismo, e abandonar o egoísmo, o materialismo pelo qual tanto nos apegamos, é esquecer o crescimento pessoal e consequentemente ver a queda do outro. Amar como Jesus amou é zelar pelo coletivo, pela comunhão, e pedir se o meu irmão, o meu próximo está necessitado, se preocupar com as outras pessoas. Isso é novidade...
At 2.42-47 – novidade
Mas o lado bom da história - esse amor não é algo que conseguimos com anos de estudo ou com muito dinheiro. É algo que Deus coloca gratuita e generosamente em nossos corações pela ação poderosa da sua Palavra. Amar como Jesus amou é dom, é privilégio dos filhos... nós somos os privilegiados.
Jesus não é apenas exemplo desse amor como é o próprio impulsionador deste ato em cada coração lavado pelo seu próprio sangue.
Estamos cercados por novidades, mas lhes garanto, se conseguirmos viver essa novidade de Jesus, amar como ele nos amou, a nossa igreja vai ser outra, as pessoas ao nosso redor vão sentir a diferença.
Novidades assustam? Sim. Mas o susto passa, as atitudes ficam... por isso, o amor – por mais falado que seja, sempre é uma novidade, quando olhamos para o amor de Jesus, que deu a sua vida em favor de cada um de nós. Esse amor é novidade, pois somente Jesus nos ensina isso, somente a sua palavra nos mostra esse amor. Portanto, amemos como Jesus nos amou. Amém.
Valdecir Jair Much – Joinville, 27 e 28 de abril de 2013.
Vivemos numa era de novidades. Podemos concluir que a cada dia surge alguma coisa nova. Às vezes dizemos ou ouvimos dizer: isso eu nunca tinha visto. Na medicina, na tecnologia, somos rodeados por novidades todos os dias.
Novos programas, novas técnicas, novas melodias, novas maquinas, novos modelos de carros, novas casas, etc... Estamos rodeados por novidades.
O mundo está cheio de novidades. No âmbito religioso, novidades têm das mais diversas, sendo colocadas. Novidades geralmente com tons materialistas, prosperidade e coisas do tipo. Quer se fazer da igreja um lugar mais contemporâneo. Geralmente quando falamos em novidade vejo que as coisas na igreja se centralizam em músicas mais atuais e sem conteúdo e liturgias alternativas em nossos cultos. Mas será que isso é novidade?
Jesus pelo texto do evangelho e pelo texto de Atos dos Apóstolos nos ensina uma novidade que precisa sempre ser levantada em nossas igrejas: amor ao próximo. Amar ao próximo é sempre uma novidade, pois cada caso será único de demonstrarmos nosso amor.
Na verdade, a novidade que a igreja precisa pregar nesses dias de frieza e individualismo, de falta de amor, é o que Jesus coloca no texto de hoje. O novo mandamento, que vos ameis uns aos outros assim como eu vos amei. Essa é a novidade.
Porque amar é um mandamento sempre novo em nossa vida? Porque nós facilmente deixamos de amar – gostamos de julgar, especialmente quando o assunto é igreja, família, onde envolvem mais pessoas. Estamos sempre aptos a ver defeitos e falhas e esquecemos de amar verdadeiramente. – Esquecemos da máxima: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”.
É também visto nos dias atuais, e, isso nos atinge, aquilo que Jesus mesmo diz no evangelho de Mateus: “E, por se multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase todos”. Mt 24.12. Onde uma dentista é queimada porque os assaltantes não encontraram dinheiro suficiente. Onde pessoas são mortas por motivos banais. Vemos tantas situações acontecendo, cruzamos os braços e não fazemos nada. Nós amamos em grande parte das vezes quando é vantajoso para nós, quando ganhamos alguma coisa com isso.
Desta forma vemos que o amor verdadeiro revelado por Jesus é sempre novidade necessária para nós e para o mundo.
Jesus está com seus discípulos reunido no cenáculo, onde havia acabado de lavar os pés dos discípulos, e indicado o Traidor, Judas, traz uma novidade para os discípulos.
Neste momento Jesus diz aos seus discípulos: “Filhinhos... para onde eu vou, vós não podeis ir”. Jo 13.33. Em tom de despedida, Jesus afirma que os discípulos ficariam sós, mas não abandonados e então ensina o novo: “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros”. Jo 13.34.
Assim como eu vos amei... Aqui nós temos um diferencial. O nosso amor é guiado pelo amor de Cristo por nós. É possível que os discípulos, como aconteceu várias vezes, só tenham entendido o que Jesus quis dizer no outro dia, na sexta, quando Ele foi pendurado na cruz por amor.
O amor agora vem com o selo do sangue, da dor, da cruz. O novo amor, ou o novo mandamento de amar o outro, significa muito mais do que uma simples prática ritual, habitual, conveniência... significa sim, amar com verdade, com ações concretas, sem hipocrisia, sem fingimento, sem restrições...
Isso é algo novo, que ainda não havia sido ensinado. Moisés já disse: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Lv 19.18. Jesus agora diz: “amem como eu vos amei...”.
Claro que novidades sempre geram certas desconfianças por nossa parte. Tomo como exemplo o texto de Atos dos apóstolos. Especialmente quando as novidades falam de um amor verdadeiro em relação ao próximo.
Pedro quando chega a Jerusalém, logo é interrogado pelos “cristãos”: “Entraste na casa de homens incircuncisos e comeste com eles” At 11.3. Pedro havia sido orientado por Deus por meio de uma visão de que a palavra fosse pregada não somente aos judeus, mas também aos gentios. Pedro então acompanhou alguns homens da Cesaréia e entrou na casa deles.
A forma como Deus revela o seu amor aos gentios, para que Pedro os acompanhasse, entrasse nas suas casas, pregasse a palavra, Deus derrama o Espírito Santo, esse amor aos não judeus, aos gentios, que é descrito no texto bíblico, essa novidade acaba gerando desconfiança. Você entrou na casa de gentios?
A forma de Jesus amar causou exatamente as mesmas reações. “Ele é beberrão e come com os gentios”, “vai à casa de pecadores, encosta em pecadores”, etc....
Amar como Jesus amou, vai sempre envolver atitude. Quando se chama as pessoas a amar o próximo como Jesus amou, a ação, essa novidade geralmente muitos não querem, pois é melhor ficar acomodado. Do jeito que está – tá bom!!! Individualismo, egoísmo.... Será que o amor não é uma novidade necessária em nossa igreja? Em tua vida?
“Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros”. Amar como Jesus é fazer diferente. Amar como Jesus é repudiar o individualismo, e abandonar o egoísmo, o materialismo pelo qual tanto nos apegamos, é esquecer o crescimento pessoal e consequentemente ver a queda do outro. Amar como Jesus amou é zelar pelo coletivo, pela comunhão, e pedir se o meu irmão, o meu próximo está necessitado, se preocupar com as outras pessoas. Isso é novidade...
At 2.42-47 – novidade
Mas o lado bom da história - esse amor não é algo que conseguimos com anos de estudo ou com muito dinheiro. É algo que Deus coloca gratuita e generosamente em nossos corações pela ação poderosa da sua Palavra. Amar como Jesus amou é dom, é privilégio dos filhos... nós somos os privilegiados.
Jesus não é apenas exemplo desse amor como é o próprio impulsionador deste ato em cada coração lavado pelo seu próprio sangue.
Estamos cercados por novidades, mas lhes garanto, se conseguirmos viver essa novidade de Jesus, amar como ele nos amou, a nossa igreja vai ser outra, as pessoas ao nosso redor vão sentir a diferença.
Novidades assustam? Sim. Mas o susto passa, as atitudes ficam... por isso, o amor – por mais falado que seja, sempre é uma novidade, quando olhamos para o amor de Jesus, que deu a sua vida em favor de cada um de nós. Esse amor é novidade, pois somente Jesus nos ensina isso, somente a sua palavra nos mostra esse amor. Portanto, amemos como Jesus nos amou. Amém.
Valdecir Jair Much – Joinville, 27 e 28 de abril de 2013.
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