MENSAGEM DO CULTO DO DIA 04 DE AGOSTO

DÉCIMO DOMINGO APÓS PENTECOSTES Sl 145.10-21 Ex 16.2-15 Ef 4.1-16 Jo 6.22-35 Tema: o que nos move para seguir a Jesus Qual é a fome que nos traz aqui? O que nós queremos de Jesus? O que nós queremos da Igreja? O que nós queremos da vida? (fazer breve silêncio para as pessoas pensarem). A necessidade é o que nos move. Quando você tem fome, come. Quando tem sede, bebe água. Quando você precisa aprender alguma coisa, estuda. E espiritualmente nós vemos que muitas pessoas pensam da mesma forma, e se lembram de Deus quando pensam que estão com alguma necessidade. É só nas dificuldades que muitos buscam a Deus. Na verdade, olhando para a palavra de Deus, o ser humano tanto materialmente como espiritualmente vive em necessidade, especialmente a necessidade de ter o sustento e também a necessidade de ter a vida restaurada com Deus. É sobre as necessidades que muitos estão se aproveitando de muitas pessoas atualmente. Especialmente as necessidades materiais. E Jesus, no texto do evangelho, mostra claramente para nós, que a sua preocupação não é saciar a fome do corpo somente, mas especialmente conceder a Salvação. Isso leva Jesus a dizer: “Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna....”. Jesus mostra as pessoas que o objetivo de ter alimentado a todos era que eles cressem em Jesus como salvador. Havia uma grande multidão que seguia Jesus onde quer que ele fosse. O que buscava esta multidão? O que queria esta multidão? Depois da multiplicação dos pães, quando Jesus alimentou 5.000 pessoas com cinco pães e dois peixes, a multidão só aumentou. Esta multidão era carregada atrás de Jesus pelas suas muitas necessidades: fome, sede, doença, medo, miséria.... e muitos milagres Jesus tinha feito. Quando da multiplicação dos pães Jesus os viu como "um rebanho sem pastor" e teve compaixão deles. Qual era a fome que os movia? Qual era a sede que os empurrava? Eram pessoas oprimidas, que buscam em Jesus uma solução para os seus problemas, especialmente os materiais, as necessidades básicas. Diante disso Jesus questiona: “...vós me procurais, não porque vistes sinais, mas porque comestes dos pães e vos fartastes”. Jo 6.26. O que impulsionava ou motiva as pessoas a seguirem Jesus era o alimento.... Diante disso temos uma questão. O que nos move ou impulsiona a seguirmos Jesus? Jesus sabe e conhece o nosso coração. Sabe que temos necessidades materiais, sabe que precisamos do alimento para a nossa sobrevivência. O texto do Salmo nos mostra que Deus conhece as nossas necessidades e nos sustenta: “Em ti esperam os olhos de todos, e tu, a seu tempo, lhes dás o alimento. Abres a mão e satisfazes de benevolência a todo vivente”. Sl 145.15-16. No texto do Antigo Testamento vemos claramente que Deus prontamente ajuda o seu povo alimentando o povo, não somente por algum tempo, mas por quarenta anos, até que entraram na terra prometida. Diante destas evidencias, não temos como dizer que é Deus quem nos sustenta e nos provê de todas as necessidades materiais, especialmente o alimento. O evangelho, da mesma forma nos mostra que Jesus tem essa vontade de nos saciar materialmente, pois Deus não enxerga somente a alma do ser humano, mas Deus nos vê como um todo. Jesus mesmo se identifica como sendo o “pão da vida”. Agora, temos que ter a consciência de que Jesus não quer somente nos saciar materialmente. Por isso, a questão fundamental: o que nos move a seguir Jesus? Não pode ser simplesmente a cura de uma doença, a ajuda numa dificuldade material ou financeira. Testemunhos como eu não tinha nada, mas agora com Deus eu tenho tudo, são no mínimo testemunhos fracos e sem fundamentação na palavra de Deus. Só há um motivo verdadeiro para seguir Jesus – viver firmado nos sinais que Jesus fez e continua fazendo em nossa vida. Sinais do perdão, da restauração da alma, sinais de força em poder em nos purificar de todos os pecados. Jesus diz ao povo que o estava seguindo: “vós me procurais, não porque vistes sinais, mas porque comestes e vos fartastes”. Se seguimos a Jesus porque achando que o fundamental é que ele nos farta, a nossa fé estará sendo reprovada. Jesus quer nos dar vida em abundância, uma vida completa, plena, nos sustentando espiritualmente, a nossa alma, nos provendo o perdão dos pecados, a vida e a Salvação. Por isso o apóstolo Paulo diz: “Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim”. Olhando para o nosso viver, descobrimos que nos encontramos na mesma situação como o povo em Cafarnaum. Vivemos na maior parte do tempo numa ansiosa solicitude pela vida. Nós mesmos costumamos dizer que vivemos correndo atrás da máquina! Que não vivemos, mas apenas sobrevivemos. Vivemos carregados de ansiedades pelo dia de hoje e pelo de amanhã. Qual é a fome que nos movimenta? O que dá sentido à nossa vida no dia-a-dia? Qual é a fome que nos trás à igreja? Será que a busca por batizado, confirmação, casamento e sepultamento, é só o que eu preciso da igreja? Se essa é a tua fé, se lembre que ela será cobrada de você..... O que nos move ou impulsiona a seguirmos Jesus? Deus nos deixa os sinais na palavra, que servem para nós como o alimento que subsiste para a vida eterna. O verdadeiro impulso está no alimento espiritual, onde somos saciados por Jesus e sua morte e ressurreição, com o perdão e uma vida restaurada. Quando isso motiva a nós seguirmos a Jesus, não seremos meros espectadores querendo ajuda material, mas seremos verdadeiros discípulos seguindo a Jesus por causa daquilo que Ele fez por cada um de nós quando morreu na cruz, nos amando e perdoando. Valdecir Jair Much – Catanduvas, 04 de agosto de 2012.